quarta-feira, 25 de maio de 2016

Acessibilidade ostensiva

Acessibilidade ostensiva

Ocupando as calçadas para que outros carros não ocupem


# xô mosquito


terça-feira, 24 de maio de 2016

Entre bancos e praças


Entre bancos e praças



PDF 646



Durante um ano, todos os dias da semana, elas transportaram malotes com fichas e cadernos, com anotações próprias e de outros colegas, entre algumas praças, ao longo de uma linha. Partiam da praça Calcutá para a praça das Nações. E dali seguiam para a praça da Bandeira, e tomavam o rumo da praça Saens Pena. Levavam malotes e pastas na ida e na volta, entre as praças. Entre as praças e nas praças podiam observar quantos bancos haviam. Viram pequenas praças no caminho e a grande praça de São Cristóvão. Encontraram pedras no caminho e um largo do Pedregulho, passaram todos os dias por uma cancela, no chamado largo da Cancela. As dificuldades futuras estavam descritas pelo caminho diário. Haveriam de dar muitas voltas, com pedras e cancelas pelo caminho. Apostavam nas fichas diretas, não apostavam em seções intermediárias.

Aplicavam no fundo 634, nos bancos da Paranapuan, prevendo um bom futuro. E pelas janelas viam o futuro, mas não se deram conta, que era o filme de suas vidas, que passava pelas janelas. Por algumas vezes precisaram fazer caminhos diferentes, e foram até a Leopoldina, onde começa um caminho de trilhos. E os trilhos foram parar nos dentes de uma delas. Na Leopoldina poderiam usufruir de outros bancos: 324, 326 e 328, que passariam pelas mesmas e velhas pontes, ligando ilhas ao continente.

Nos finais de semana, era a hora da compensação pelo esforço da semana. Trocavam cartas e desafios, taças e copos, conversas e pernas, cheques e boletos. Entre copos e taças percorriam as praças mais próximas, como Cocotá e Jerusalém, ainda não havia praça no shopping. Buscavam o caminho das sendas, do mar e da terra. Tomavam sorvetes sem nomes. Frequentavam vales próximos; o das Cocotas e dos Cornos, não chegavam ao Banamares, diziam ser muito RPM (Ramos, Penha e Madureira), e era para os que aplicavam nos bancos do 910. E o cheiro dos cachorros quentes preparados na rua, não condizia com suas novas vidas de tijucanas, o delírio das insulanas. Estavam ficando serelepes.

Depois de tantos transportes e tantos malotes, seguiram rumos diferentes. Uma foi para a escola de Mendel e a outra foi para a escola de Vitrúvio. Arquitetaram e criaram uma diversidade de plantas, em papeis e vegetais, com bicos, penas e nanquim. As duas aprenderam a lidar com plantas, e fizeram planos para uma boa colheita.

Fizeram promessas para Maria e para Fátima, como fieis seguidoras, das que seguiam seus nomes. Uma escolheu o caminho da piedade e a outra o caminho do bom sucesso. Passaram para a universidade da Grana Firme e para a faculdade do Silvio & Santos. Terminaram seus cursos e colocaram seus conhecimentos a prova no mercado. Deixaram o capital de seus conhecimentos abertos, para empresários e investidores. Fizeram uma pesquisa de mercado. Abriram escritório e foram para a Marinha.

Mas o destino quis que não seguissem carreira nos cursos escolhidos, e sim que fossem trabalhar em bancos. Era o destino que viam de uma janela todos os dias, batendo agora em suas portas. Uma foi para o banco da pedra e a outra para um banco do pais. Um privado e o outro estatal, ainda que também estivessem lotadas em praças diferentes. E assim seguiram suas vidas, sentadas e alocadas em bancos, os bancos das praças que viam todos os dias. Entregaram suas vidas aos bancos, que consumiram seus extratos, usaram de seus conhecimentos brutos e líquidos. Diferente de suas profissões, os bancos poderiam ter mais liquidez, como resposta ao saldo bancário no final do mês.

E o destino agora novamente as chamou, para sentar em um banco de uma praça, participarem de um mesmo banco. A praça do início da linha de investimentos e aplicações, e ali sentaram em um banco da praça Calcutá para revirar suas bolsas, rever e ver o que tinham nas carteiras. Ali puderam falar de seus cheques devolvidos e de suas contas encerradas ao longo de uma vida investida. Mostraram extratos vermelhos e espelhos. Compararam holerites e contracheques. Ultrapassaram seus limites. Precisam de novas linhas de credito, para novos investimentos.

Estavam de volta a mesma praça com outras flores e outros jardins. E do mesmo banco que estavam naquele momento, avistaram uma fila de 634s, com filas de clientes. E lembraram das filas no dia a dia em um banco. A praça ainda é segura durante o expediente bancário. Fora isto não há segurança e nem banco 24h.

Encontraram-se na praça que um dia, antes de Calcutá, foi chamada de Carmela Dutra, mas até hoje não mudou a sua Freguesia, e ainda mantem a mesma paroquia de N. S da Ajuda, que pode mudar os rumos de suas vidas, oferecendo novos créditos e debentures, adquirindo novas obrigações de investimentos futuros.



Texto disponível em:




por

Roberto Cardoso (Maracajá)




Entre Natal e Parnamirim

24/05/16


domingo, 22 de maio de 2016

COISAS QUE PRIMO...



Coisas que primo...



Uma pessoa franca
Uma torta de limão
Uma boa música...
Um prato com macarrão

Uma amizade verdadeira
Uma flor na janela
Um lindo horizonte
Um belo barco a vela
Um ser íntegro
Um som instrumental
Um lindo coqueiro
Uma alegria real
Uma alma leve
Uma vida sem opressão
Uma paz suave
Um sincero coração

PATRÍCIA ALMEIDA

sexta-feira, 20 de maio de 2016

O marinheiro ll

O marinheiro ll
Patricia Almeida



Eis o marinheiro no mar
Precisa pisar na areia
E ouvindo um canto, sereia...
Prefere não descuidar
Marinheiro quer ser vivo
Ter rumo, ser preciso
Saber onde quer chegar
Precisa ter trajeto
E deve ficar esperto
Prefere não arriscar

Em sua tribulação
Na vida tal nostalgia
Em seu projeto, filosofia
Pensa na situação
Pois não quer ficar perdido
Ele não fica escondido
Perfaz uma orientação
O marinheiro lembra então
Para onde precisa olhar
Analisa sua condição
Marinheiro perdido não há
Pois lê o mapa no céu
Até tiraria o chapéu
Pois no céu, constelação
O marinheiro lembra então
Que encontrou o caminho
Marinheiro não fica sozinho
Tem a lua e tem o sol
Tem um mapa pertinente
Marinheiro tem arrebol
E seguindo o mapa no céu
O marinheiro espraia
Marinheiro pisa na praia
Mas quer cortar o horizonte
Quer ver de longe o monte
De barco, passar de fronte
Marinheiro não quer calar
Marinheiro tem um sonho
Verdade, não enfadonho
De pisar os pés no mar
Marinheiro não quer dizer
Mas de fato se enfatiza
Marinheiro só quer brisa
Não pode ser coração
Mas eu falo com precisão
Marinheiro é do mar
Ele quer embarcação
Mas o marinheiro precisa
É olhar com outros olhos
E pisar os pés no chão

Patricia Almeida


Marinheiros atravessam mares, e por mais que o oceano seja por inteiro um mundo de aguas com ondas e brisas, sempre repetidas, encontra nos caminhos semelhanças em versos. de palavras ditas e ondas passadas.

Roberto Cardoso

NÃO EXISTE ADEUS NO DIALETO DOS PÁSSAROS




NÃO EXISTE ADEUS NO DIALETO DOS PÁSSAROS



Existe adeus na linguagem dos homens.
Por vezes um adeus mudo, um adeus sem texto, um adeus sem som, um adeus com apenas atitudes de adeus.
Outras vezes um adeus falado, sonorizado com uma simples palavra... Adeus....
Penso ser esse o motivo do homem ser assim, tão triste.
Adeus é a pior palavra que se pode existir. Não por sua sonoridade em sí, mas pelo peso que seu sentido representa.
Diferentemente dos homens, alguém já observou como os pássaros são felizes?
Eles acordam cantando todas as manhãs e mais, não cantam sozinhos, os pássaros cantam perfazendo uma melodia compartilhada em revoada.
Alguém já observou como eles voam tranquilos? Simplesmente abrem as asas e seguem a direção do vento.
De fato, eles são mais felizes. Seu estilo de vida e principalmente seu idioma é diferente do idioma dos homens.
É por isso, que os homens são tristes e os pássaros não.
...Não existe adeus no dialeto dos pássaros...



Eu quero mais é um viveiro aberto!

Eu quero mais é um viveiro aberto!

por
Patricia Almeida





Por esses dias deparei-me com uma cena que me fez lembrar de uma história que ouvi a pouco tempo e que me fizera refletir sobre o conceito de liberdade.
Eticamente falando, desde que não prejudique ninguém, a liberdade é o direito de estar livre. Na etimologia grega, a palavra eleutheria significava liberdade de movimento, ou seja, uma possibilidade do corpo.
Num conceito mais filosófico a liberdade está associada a autonomia e a espontanei...dade. Para Descartes por exemplo, a ideia de liberdade era motivada pela decisão do próprio indivíduo. Kant também afirma essa ideia, ao dizer que a liberdade é o livre arbítrio. E por que não falar de Sartre, que entende a liberdade como condição de vida do ser humano.
Historicamente falando, a liberdade pode consistir na personificação de ideologias liberais, tais como os valores defendidos em 1793 pela Revolução Francesa, cujo o lema era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Destaca-se que essa revolução impactou fortemente a sociedade e a política contemporânea. Porém não há nada melhor que visualizar a ideia de liberdade a partir da interioridade humana. Nesse contexto, temos a literatura bíblica que expressa a condição de liberdade a uma íntima entrega espiritual " Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" João (8:36).
Mas deixando de lado toda teoria, nos voltemos para a cena que deparei-me por esses dias.
Vi no jardim de casa uma vasilha com água, migalhas de flocos de milho e alguns pássaros indo e vindo livremente, pousando para o banquete, destinado ao público alvo. Mais uma das artimanhas típicas do meu pai. Imediatamente lembrei que há alguns dias um amigo me falara que tinha em sua residência um viveiro de pássaros, porém esse viveiro não tinha grades que impedissem o livre transito dos pássaros e que todas as pessoas que frequentavam sua casa não entendiam o por que do viveiro ser aberto. Eu obviamente entendi o motivo, mas de forma despretenciosa perguntei o porquê. Ele deu-me a resposta que eu já esperava. Queria que os pássaros só estivessem ali quando quisessem de verdade, pois a pior coisa que existe é ficar sem querer estar.
O fato me chamou atenção e conversamos sobre esse assunto por vários minutos e na oportunidade fizemos várias reflexões.
Chegamos a conclusão de que a melhor coisa que pode existir na vida é a liberdade. Liberdade de ser, de viver, de ir e de ficar. É de fato incrível estar por querer ficar e partir quando não se quer ficar, assim quando partirmos se saberá que é por que não queríamos ficar, mas quando ficarmos, ahhh quando ficarmos, se saberá que o lugar que escolhemos é o melhor do mundo para nós.
A triste realidade é que chega o dia em que por vezes, nos deparamos numa gaiola emoldurada por grades. Grades estas que nos impede de sentir o suave sabor de uma liberdade plena, vivida com ética, cidadania e felicidade. Há quem prefira as gaiolas, mas eu...
Eu quero mais é um viveiro aberto!



sexta-feira, 13 de maio de 2016

Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in


Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in



Roberto Cardoso (Maracajá) em

Roberto Cardoso (Maracajá) in














Roberto Cardoso (Maracajá) em “Jornal Metropolitano”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal Metropolitano”


Textos publicados no Jornal Metropolitano. Parnamirim/RN.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “O Mossoroense”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “O Mossoroense”


Textos publicados no jornal O Mossoroense. Mossoró/RN.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “Kukukaya”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Kukukaya”


Textos publicados na Revista Kukukaya. Revista Virtual.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “Jornal de Hoje”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal de Hoje”


Textos publicados no Jornal de Hoje. Natal/RN



Roberto Cardoso (Maracajá) em Informática em Revista

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Textos publicados em Informática em Revista. Natal/RN



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terça-feira, 3 de maio de 2016

Era uma vez .....


Era uma vez .....



PDF 636



Era uma vez um casal. Eles até pareciam felizes. Ainda que tivessem filhas de outros relacionamentos.

Ela era uma pessoa muito ocupada. Ele tinha todo tempo do mundo. E de tão ocupada que ela era, as vezes levava parte do serviço para casa. Ele colaborava procurando resolver parte de sua carga horaria que ela levava para casa. Com visão aberta, ele também acatava dividir as tarefas domesticas. Ela tinha uma filha e um carro. Ele tinha uma filha de outro relacionamento e mais nada. Quando eles foram morar na mesma casa, ele até assumiu a tarefa de buscar a filha dela na escola, de carro, já que a escola ficara distante da nova casa.

Todo final de semana ele não deixava de estar com a sua filha. Pegava a filha na casa da mãe, e depois levava de volta. Quando não tinha carro, era a pé e de ônibus lotado. Quando ela era menor, até carregava no colo durante os trajetos. Até o dia que a filha ficou maior, e não precisava ser buscada ou levada, fazia seus trajetos independente e por conta própria. E todo final de semana a filha o visitava. As duas filhas, a dela e a dele, se comportavam como quase irmãs. Todo final de semana as duas filhas do casal estavam juntas.

Um dia ele precisou ser hospitalizado. E como ela, a esposa, era muito ocupada, quase não tinha tempo de ir visita-lo. Quando podia fazer uma visita, lamentava-se o quanto era muito ocupada. Além das tarefas do trabalho que tinha. Agora lamentava-se de novas tarefas que surgiram, pela ausência do marido.

A filha dele que já tinha autonomia, estava sempre pronta e disposta para visita-lo todos os dias.



04:30
03/05/16

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq