sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Anamnese Literária


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Anamnese Literária
PDF 735

Assistir a fala de uma médica, em Quintas Literárias, espera-se ouvir histórias ocorridas no caminho do sangue que corre por veias e artérias. Histórias sobre as funções das enzimas; sobre as batalhas travadas dos leucócitos contra os elementos invasores na corrente sanguínea. Poderíamos até imaginar histórias de bombas, com o sódio e potássio. E Clotilde tem coronárias parahybanas, com brônquios natalenses. Faz ginástica laboral no teatro e no cinema.

Mas Clotilde não é aquele modelo tradicional de médica, que encontramos isoladas e sozinhas, trancadas em um consultório, ou correndo entre as camas de um ambulatório. Clotilde é ligada a DNSP, voltada a saúde pública. Suas crônicas são voltadas para assuntos mais amplos, com endemias e epidemias do convívio e história social. De epidemias em bailes de matinée no clube da sua cidade, em sua adolescência, quando corpos se juntam, a fatos endêmicos que cobrem o seu estado. Com seu estetoscópio faz uma ausculta por onde passa. E com seus esfigmomanômetro verifica a pressão da cidade.

Não questionou ou fez críticas ao sistema do evento, sem dados a serem oferecidos ou preenchimento de formulários. O controlador não fez o papel da atendente, condicionada e controlada pelo sistema. Era tudo no estilo on line, ao vivo. E o rapaz que coloca a água sobre a mesa fez a sua parte.

Com um público restrito, fez uma consulta coletiva, tendo um arguidor sintomático a seu lado. Falou de seus livros e suas histórias onde constam relatos das cidades e dos estados, como um organismo vivo, influenciado por imigrações e migrações, tal como as larvas. Povos que se instalaram alterando as condições de saúde econômica e intelectual de Campina Grande na Paraíba. Uma cidade evoluída graças algumas vias que um dia levaram hemoglobina,  para evolução da saúde da cidade, como as hematitas que construíram as vias férreas, com um par de trilhos.

E como médica de saúde pública, não poderia deixar de providenciar uma profilaxia preventiva. O destino levou para assistir a sua fala, uma junta de advogadas, com especialidades variadas, da questão eleitoral a questão carcerária. Havia ainda um escritor de contos pediátricos; um escritor dedicado a histórias em gráficos com linhas ondulatórias. E por fim um escritor de hábitos noturnos, bem Noir. Inclusive aquele que vos fala, com uma dislexia de trocar as palavras.

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Roberto Cardoso (Maracajá)

Em 16/09/2016
Nas terras do Paquiderme Norte-rio-grandense


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Versos de Ostra em Ventre Temporais

Versos de Ostra em Ventre Temporais
Ventre e Versos
PDF 734
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As batidas de Moliére ecoram, anunciando o cheiro de bifes que já estavam preparados, restando apenas serem servidos para a plateia, que aguardava entre Versos Temporais, com Leocy Saraiva, dentro de uma caixa cênica. E do fundo da platéia envolvida por um black out, em movimentos leves e sinuosos, chegavam ao palco a essência dos bifes a serem servidos em um monólogo. Um canhão seguidor acompanhava seus passos. E.assim começa Ventre de Ostra, encenado por Luana Vencerlau; dirigido e trilhado por Junior Dalberto. Uma ostra para ser aberta e degustada, com direito a champanhe. A harmonização combinada com o espumante, tal como as espumas que o mar deixa na praia, sobre os cacos e resíduos das ostras e outros bivalves, com suas conchas, agora vazias.

E sem que a platéia percebesse ou imaginasse, fazia uma viagem. Estavam em um café, não nas ruas de Paris. Mas na terra das massas, dos vinhos e dos queijos tomando um capuccino. Estavam na Itália.  Com versos saltando dos livros para o palco, de Saraiva a Militana. Com Zila e Risolete; Diva e Nísia.

Alguns cacos e folhas soltas se espalharam no palco e na mente da plateia, deixando dúvidas, se eram uma intenção do acaso ou meramente improvisados. Nada é ao acaso. Resíduos de uma ostra formada predominantemente por cálcio, desfazendo-se nas areias.

E assim foi um breve panorama avistado de uma praia em Ventre de Ostra e suas catarses, O resto está no palco e nos livros, para ser degustado.

Apoio: Sangue, Suor e Lágrimas
Patrocínio: Cara & Coragem.

Break aleg, Muita merda

RN, 15/09/16

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Monte Kurama: Ainda somos índios

Monte Kurama: Ainda somos índios: Fotos: Evaldo Silva \ Pinacoteca do Estado - Encontro Litero Musical da SPVA/RN 02/09/16 - Natal/RN Ainda somos índios PDF 722 ...

Monte Kurama: Ainda somos índios

Monte Kurama: Ainda somos índios: Fotos: Evaldo Silva \ Pinacoteca do Estado - Encontro Litero Musical da SPVA/RN 02/09/16 - Natal/RN Ainda somos índios PDF 722 ...